A sessão contou com as perspetivas de Jorge Wemans, conceituado jornalista da imprensa e televisão nacionais, de José Carlos Silva e Óscar Brandão, diretores dos jornais Roda Viva e Discurso Directo, e das jornalistas Cláudia Oliveira e Cátia Cardoso, de Arouca. A moderação esteve a cargo de Jorge Gonçalves, associado do Círculo.
Num tom de conversa informal, o debate foi muito participado, com troca de impressões sobre Cidadania, Media e Liberdade em Democracia, principalmente entre os membros do painel.
Foram abordados, entre outros, os tópicos do papel que têm, nas sociedades atuais, os órgãos de comunicação social tradicionais e o jornalismo; a sua sustentabilidade económica; as dificuldades e excessos que a pandemia trouxe; a questão da credibilidade da imprensa e instituições em geral; a competição (em perda) com as redes sociais; o fechamento dos cidadãos em "bolhas", em termos informativos e de acesso ao conhecimento; a imprensa regional, as suas caraterísticas próprias, pressões que sofre, responsabilidade e importância para as comunidades locais e emigração; a dificuldade cada vez maior de acesso às fontes e a informação “filtrada” a que os jornalista acedem; o viver em Democracia, com todas as vantagens que a democratização traz e a exigência e responsabilidade que a todos coloca face ao imediatismo e rapidez de divulgação que ora prolifera.
Viver em Democracia implica confronto de opiniões. O jornalismo não é perfeito, mas a liberdade de imprensa é condição fundamental para a existência de uma sociedade democrática. Estas imperfeições não acontecem em sociedades totalitárias; a liberdade de imprensa, a liberdade de informação e de opinião, são bens preciosos que temos que preservar, que nos ajudam a evoluir, a conviver e a reforçar os nossos laços enquanto cidadãos.